Presente do TUBA -

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" Não é a força ,mas a constância dos bons sentimentos que conduz o homem à felicidade".Nietzsche

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terça-feira, 31 de março de 2009

Quero de presenteII !( sorriso).




















Há uma outra opção de presente.
O Audi é do ano de 2007.
O colar é de safiras com diamantes( sorriso).
Lindos né?!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Quero de presente!














"(26-03-09) - Conforme anunciado no Salão do Automóvel de São Paulo, o smart fortwo começa a ser vendido por aqui. Antes a sua importação era independente e, agora, o carro vem oficialmente por meio da Mercedes-Benz brasileira. Segundo o anúncio, a versão cupê custará R$ 57,90 mil e a conversível R$ 64,90 mil. A primeira loja do Brasil será na avenida Europa, em São Paulo. Na mesma via existem outras concessionárias voltadas ao segmento premium."


No meu aniversário, quero de presente um dos dois( sorriso).

O colar é mais caro - bem mais caro.( esmeraldas e diamantes!).

* Imagens da net.
** O colar é da srª Roberto Marinho.( leilão).

Desenho às crianças.




quarta-feira, 25 de março de 2009

Uma grata surpresa!





















Uma grata surpresa é sempre bem-vinda!

Acessem aqui:

http://feedproxy.google.com/~r/novitas/~3/2tcts_BmMec/perfil-carmen-neves.html

Mina de carvão.














































Ontem, baixei a mina com a amiga Lisiane( geóloga) e o amigo e colega auditor Cléber.
Descemos a 150 metros de profundidade.
Só pessoa autorizada. Idade mínima 21 anos e máxima 50 anos.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Reflexão sobre a vida a morte, a bondade, o ódio...
























Existe uma lógica para existir a morte, assim como existe uma lógica para existir a vida.

Eu acredito na vida depois da morte do corpo. Sim, do corpo!

Muitas pessoas não se dão conta de que, somos principalmente, espírito! E, infelizmente, há espíritos pobres sobre a terra. Espíritos voltados pro mal. Espíritos influenciados pelo ódio, pela maldade, pela injustiça... pelo desamor.

Por não terem consciência de que há um espírito habitando no corpo, esquecem de purificá-lo com: o Amor, o perdão, a bondade, a humildade, a paz, a alegria...a generosidade.

Sentimentos carregados de boas energias!

Como estás preparando a tua alma?

A minha é alimentada com as palavras destacadas em azul.(tento!).Mesmo assim, sinto que falta muito para me tornar um ser puro.Sabes por quê?

Porque sou uma mulher comum, com qualidades e com defeitos.

Muitos dos meus defeitos estão voltados para maldades em geral.

Fico com ódio diante das injustiças.

Revolto-me ao saber que, crianças morrem por não ter um pedaço de pão para matar a fome.

Revolto-me com mães e pais maltratando e abandonando seus filhos.

Revolto-me com atos cruéis cometidos nas guerras.

Por falar em guerra, minha alma chora quando lembro, principalmente, do Holocausto e das mulheres do Camboja – usam seus sexos como” arma de guerra”( publiquei um texto como o título: SEXO= ARMA).

Por mais que eu tente não sentir ódio, quando a palavra , pedófilo é mencionado nos meios de comunicação, confesso a vocês que passo mal. E, sinto meu coração, primeiro pensar na vítima com tristeza, mas em seguida o ódio invadindo o meu coração.( publiquei um texto sobre pedofilia).

Não entendo como pessoas vivem cometendo tal trucidades. Não entendo mesmo.

Por mais que tentem me apontar uma razão – NÃO VEJO RAZÃO PARA TODOS OS ATOS DE MALDADES COMETIDOS .

Fazer o bem é algo gratificante!

Ajudar o próximo é viver no Amor!E, o “Amor é o maior dos sentimentos”!

Não é mais fácil viver movido pelas influencias do bem?

Eu quero que minh’alma esteja preparada para a outra vida. E tu?

  • O texto surgiu ao responder o comentário doMago Ykhro ..

  • imagem um exemplo de bondade. Madre Teresa de Calcutá.

Cármen Neves.

www.carmenneves.prosaeverso.net

http://soparadizerquetenhoumblog.blogspot.com/

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" Se você julga as pessoas, não tem tempo para amá-las"

( Madre Teresa de Calcutá - 1910-1997)

quinta-feira, 19 de março de 2009

" A morte não tem graça" Pedro Bial
























Uma excelente reflexão sobre a morte... Leia com calma e reflita bastante.


Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos. Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena.


Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que e causa em todos os que ficam. A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta.


Morrer é ridículo. Você combinou de jantar com a namorada,está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre.


Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente? Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco do que?


Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.

Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...


De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis. Qual é? Morrer é um chiste.


Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.

Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.

Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas , mulheres e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito.


Isso é para ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok.... Hora de descansar em paz.


Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz. Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.


Por isso viva tudo que há para viver. Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida...

Perdoe....sempre!!


Perdoe....sempre!!


Perdoe....sempre!!


Perdoe....sempre!!



* Imagem da net - Pedro Bial


Uma mensagem aos meus queridos amigos!










































“Conta a lenda que, uma vez, uma serpente começou a perseguir um vaga-lume. Este fugia rápido, com medo da feroz predadora e a serpente nem pensava em desistir.

Fugiu por um dia inteiro e ela não desistia. Dois dias e nada...

No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra:

- Posso lhe fazer três perguntas?

- Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas, já que vou te devorar mesmo, pode perguntar...

- Pertenço à sua cadeia alimentar ?

-Não.

- Eu te fiz algum mal?

- Não.

- Então, por que você quer acabar comigo?


- Porque não suporto ver você brilhar...



"Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar".

A luz que você tem É para brilhar!”

* Imagens da net.

** Recebi a mensagem da amiga Joice. Fiz questão de respassá-la a vocês.

Cármen Neves.

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" Se você julga as pessoas, não tem tempo para amá-las"

( Madre Teresa de Calcutá - 1910-1997)

quarta-feira, 18 de março de 2009

"Novo exame pode detectar Alzheimer em estágio inicial."





















Novo exame pode detectar Alzheimer em estágio inicial.

“Um novo exame pode detectar de maneira precisa o mal de Alzheimer em seu estado mais cedo, antes do surgimento de sintomas de demência e de que seu avanço chegue a ser irreversível e impossível de reduzir, segundo cientistas norte-americanos. Os resultados da pesquisa, feita por uma equipe de estudiosos do Departamento de Medicina da Universidade da Pensilvânia, foi divulgado na edição online da revista Annals of Neurology.

Mediante a esse novo exame médico, que analisa os níveis de proteínas na medula óssea, os cientistas conseguiram predizer com uma exatidão de 87% que pacientes com problemas iniciais de memória e outros sintomas de deterioração cognoscitiva seriam diagnosticados com o mal de Alzheimer. "Com este exame podemos detectar de uma maneira confiável o mal de Alzheimer e controlar a doença", diz Leslie Shaw, do Departamento de Medicina da Universidade da Pensilvânia.

Leslie considera que o exame permitirá submeter a um tratamento em uma fase inicial os pacientes com o risco de desenvolver a doença e facilitará a busca de soluções que possam atrasar a doença ou mesmo diminuir a degeneração neurológica. Os cientistas se propuseram a criar um exame padronizado que se centre nos níveis de duas proteínas "clássicas" associadas ao Alzheimer: peptídeo beta-amilóide e tau.

A doença é a manifestação mais comum da demência e se caracteriza pela perda progressiva de memória e outras faculdades mentais, as quais, somadas a outras degenerações orgânicas, provocam a morte do paciente. O acumulo excessivo no cérebro de proteínas beta (em forma de placas beta-amilóide) e tau (em forma de gânglios tau) representa a manifestação física do Alzheimer.

A equipe analisou exames da medula óssea de 410 pacientes de 56 lugares dos Estados Unidos e do Canadá que faziam parte de um extenso estudo sobre o mal de Alzheimer. Também estudou a análise de voluntários com um estado cognitivo normal e de pessoas mortas e que tinham sofrido o mal de Alzheimer, apesar de, neste caso, terem sido utilizados provas das autópsias.

Em 95,2% dos casos, o teste descartou as possibilidades de desenvolver o mal de Alzheimer, e em 81,8% informou que as pessoas com uma deterioração cognitiva leve desenvolveriam a doença. Atualmente, 26 milhões de pessoas sofrem com mal de Alzheimer e os especialistas calculam que, até 2050, sejam 106 milhões. “(Fonte: Estadão Online)

Recebi a notícia daqui: Ambiente Brasil

* Imagem da net.

Cármen Neves.

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( Madre Teresa de Calcutá - 1910-1997)

segunda-feira, 16 de março de 2009

CASTELO DOS DESEJOS - IV CAPÍTULO.














IV

Castelo dos Desejos.

Uma nova manhã estava surgindo! Sentindo-se forte o suficiente para se levantar, ela caminhou em direção à janela, cantarolando. Sequer imaginava que ele, junto à porta, observava-a.

- Vejo que estás recuperada! Quero que, às onze e meia da noite, vistas aquele vestido vermelho e desças ao salão de festas.

Ela se virou, cessando o canto, e respondeu:

- Eu não vou.

- Se não desceres, eu venho te buscar.

Ele se afastou e a deixou chorando sozinha na sacada. Desconsolada, olhando para o alto como a pedir ajuda da lua, ela se sentou no chão até a chegada da criada com o jantar.

- Eu não quero nada – pronunciou, com os olhos inchados de tanto chorar.

- Acho melhor a senhorita se alimentar.

- Para quê? Eu quero sair daqui...

- Vem, toma um banho para acalmar teu espírito. Pára de chorar, relaxa e janta, para ficar forte. Deixarei o jantar junto à lareira, para que não esfrie.

- Não, diz-me onde é a cozinha, que eu descerei para jantar com a senhora.

- Isto não é possível, senhorita.

- O que é impossível?

- Jantar com a senhorita. Mas se preferir jantar na cozinha, dentro de meia hora virei buscá-la.

- Eu quero, sim. Estou cansada deste quarto, e de ficar sozinha.

- Então esteja pronta dentro de meia hora, pois a cozinha fica longe.

- Estarei esperando a senhora, pode levar o jantar.

Durante o banho, ela tentou imaginar uma maneira de fugir do castelo. E pensou:

- Talvez fazendo amizade com a criada, ela poderá me mostrar a saída.

E ficou pensando, sem se importar com o tempo, até que a criada retornou para buscá-la.

- A senhorita está pronta? - falou a criada, com a toalha na mão.

- Eu já vou sair. Agora estou com fome.

- É só o tempo de chegarmos à cozinha, pois a comida está no fogão.

- Então vamos.

A escada de acesso à cozinha era do lado oposto ao salão de festas. A criada trouxera dois castiçais, que comportavam quatro velas acessas cada. Porém, nos corredores, a luz parecia não iluminar o ambiente. Então, para tentar melhorar a luminosidade, ela pediu-lhe para segurar um deles.

- A senhorita tem certeza de que quer me ajudar?

- Sim, por que não haveria de querer?

- É que esta sua atitude é nova para mim!

- Penso que devemos ajudar as pessoas sempre que estiver ao nosso alcance.

A criada sorriu, e a donzela nem sentiu o tempo passar na trajetória até a cozinha.

- Chegamos, senhorita. Pode entrar.

Ela ficou parada por um instante diante daquele imenso cômodo de móveis escuros, com bancos e cadeiras entalhados com um desenho desconhecido para ela.

- Entre, senhorita! Já servirei o jantar.

Aproximou-se vagarosamente, mas atenta a todos os detalhes exibidos naqueles móveis rústicos e ao mesmo tempo majestosos. Não se conteve. Possuída pela curiosidade, sentou-se e foi logo perguntando:

- Observei que esse desenho está entalhado em todos os móveis... Que figura é essa?

- É o brasão da família.

- Um brasão?!

- Sim.

- Mas de qual família?

A criada abaixou a cabeça e disse:

- Agora tenho que sair.

- Não, fique aqui comigo!

- Não tenhas medo, preciso sair.

- Mas não sei o caminho de volta...

Olhando para a porta, ela entende a razão da criada ter que sair apressadamente.

- Eu a levarei – disse ele, entrando na cozinha. – Está com fome?

- Muita.

- É bom mesmo que se alimente, porque ficaremos na festa até o amanhecer.

- Não quero ir à festa.

- Eu quero que estejas na festa comigo e, como havia dito antes, se não fores, eu irei te buscar.

Ele pronunciou esta frase sentando-se frente a ela.

- Vais ficar aí me olhando comer?

- Estou observando o movimento dos teus lábios.

Ela continuou a refeição, com aquela presença a lhe tirar a liberdade de movimentos. Irritada, perguntou:

- E o que há de tão interessante no movimento deles? Eu estou apenas comendo.

- Há muito mais do que pensas...

Com isto, ela terminou rapidamente a refeição.

- Vamos.

- Já terminaste?

- Sim.

Quando a criada saíra, levara consigo um dos castiçais, tendo restado apenas um, que ele segurou ao se levantar, dizendo:

- Então vamos.

Juntos, lado a lado, retornaram pelos caminhos escuros do castelo. A princípio ela ficou distante dele, mas, durante o percurso, quando surgiu o primeiro corredor, aproximou-se ligeiramente, pois era escuro demais e o medo lhe causava arrepios. Nesse instante, o aroma de seus cabelos invadiu as narinas dele, que quase agradeceu ao vento pelo prazer que lhe estava causando. Movido apenas pelo momento e esquecendo-se da sua postura de carrasco, perguntou:

- Qual o teu nome?

Ela, julgando-se no direito de não responder, devolveu outra pergunta:

- Por que queres saber? Faz alguma diferença?

Um silêncio inquietante pairou sobre os dois, até o momento em que chegaram frente à porta do quarto, quando ele ordenou:

- Estou te esperando na festa.

- O que irei fazer lá?

- Ficar ao meu lado.

- Não quero! – disse ela, quase gritando.

- Eu quero! – disse ele, afastando-se sem olhar para trás. Porém, se olhasse, vê-la-ia diante da porta, triste e desanimada. Minutos depois, resolveu entrar e vestir-se, pois sabia que seria impossível não estar presente à festa. Seu querer era inferior ao dele. Colocou o vestido, o colar e os brincos, escutou o barulho dos convidados chegando e o som da música alta. Cansada, encostou-se na cama e adormece.

Ela nem teve tempo de, nos seus sonhos, sair do castelo. Minutos depois de adormecer, a criada veio buscá-la.

- Venha, senhorita, ele a espera.

- Mas eu nem arrumei meus cabelos.

- Vá assim mesmo, a senhorita fica muito bem com eles soltos!

Ela se aproximou do espelho e notou que realmente seria uma boa idéia, já que os cabelos soltos cobririam o decote. Desceram juntas até o salão, pois esta era a ordem dada à criada, para que a jovem não tentasse fugir. A criada disse:

-Espera aqui... avisarei que a senhorita chegou.

Assim fez a criada. Passou pelo salão sem ser notada pelos convidados, e o chamou num canto escuro da sala, informando que suas ordens haviam sido cumpridas.

- Parem a música! Deixem minha convidada passar! – ele, em pé, anunciou.

Ela começou então a andar em sua direção. Igual à outra noite. Era como se fosse uma repetição da festa passada: os olhares de admiração, de cobiça e de inveja depositados em seu corpo. Nesse exato momento, sentiu-se como um animal raro em uma exposição particular. Respirou fundo, e passou entre os convidados, pensando:

- Terei novamente que assistir a coisas que não quero?

Olhando ao seu redor, parecia que tudo era igual à outra noite: as pessoas, as expressões, as danças, as roupas, a música... Seu coração se apertava dentro do peito, e sua alma chorava. Finalmente chegou diante dele.

- Estes são meus primos, Igor, Luísa , Christine e Emili.

- Prazer.

- Como é o nome dela, Lucas?

Ele ficou sem saber o que dizer, pois não tinha resposta para a pergunta do primo. Calado, pensou: que diferença faz saber seu nome, pois sei que ela é a portadora da saudade dos momentos não vividos e que, além disto, sinto-me completo diante dela?

Aliviada diante das únicas pessoas aparentemente sensatas e amistosas da festa, com voz serena ela pronunciou:

- Meu nome é Mary.

- Não acredito , Lucas, que não sabias o nome de tão bela convidada.

E acrescenta:

- Quanta indelicadeza de tua parte, ainda mais vindo de um nobre! Peço-te desculpas por meu primo! – disse Igor, fazendo reverência e beijando as mãos da bela hóspede.

Foi então a vez de Mary pensar: Pouco me importa o nome dele. Saber que me amedronta e que quer roubar o tesouro que guardo para quem encontrar a chave do meu coração... Quanto menos souber a seu respeito, melhor. O que quero é distância.

Foi inevitável, porém, a sensação que ambos tiveram quando seus olhares se encontraram. Ela baixou a cabeça diante daquele olhar que trazia consigo uma nova descoberta. Ele tentou esconder o que estava sentindo, conduzindo-os até o sofá.

Permaneceram os seis sentados, assistindo aos números e danças em meio ao salão. Mary, para disfarçar o mal-estar, passava as mãos nos cabelos, sem perceber que, ao jogá-los para trás, expunha seus seios imponentes aos olhos de todos e, em especial, aos de Igor, que lhes lançava olhares de desejo. Lucas fingia não ter notado o interesse do primo, mas estava atento a cada gesto, a cada olhar... Seu coração tentava lhe dizer o que não queria escutar.

A bailarina que acabara de fazer a dança do ventre dirigiu-se ao anfitrião e, com voz repreensiva, perguntou:

- Por que não deixas tua convidada especial nos mostrar como dança?

Mary arregalou os olhos e quase desmaiou com a indagação da jovem. Lucas sabia que não poderia privar os demais convidados da chance de vê-la dançando, até porque nunca havia dito um não a um pedido dessa natureza. O que pensariam seus convidados? Tentava encontrar uma solução para o problema. Olhando para Mary, com voz firme disse:

- Chegou a tua vez de mostrar como danças.

- Mas... mas como farei isto? – indagou tristemente.

Ao perceber o seu constrangimento, Igor falou em sua defesa:

- Lucas, diga aos convidados que, como é a primeira vez que ela assiste aos espetáculos, dançará comigo.

Ao escutar o pedido do primo, Lucas sentiu uma ponta de ciúme se instalar em seu coração. Mas, de certa forma, Igor havia achado uma solução para o problema que nem mesmo ele saberia resolver sem abalar sua reputação diante de todos.

- Que assim seja – respondeu, tentando manter sua postura de mau.

Os convidados se afastaram, deixando o centro do salão vazio, a fim de que Mary e Igor começassem a dançar. Igor pediu aos músicos que tocassem um ritmo diferente das demais músicas. Colocou-se diante de Mary e a conduziu até o centro. A música começou. Mary fechou os olhos, para afastar o constrangimento e para poder sentir melhor a melodia que seduzia seus ouvidos. Todos observavam atentos cada movimento dela e, para surpresa de todos, uma sensualidade pairava no ar a cada gesto da jovem.

Luísa chegou perto do primo e, na maior inocência, comentou:

- Eles não formam um belo casal?

- Vamos ver a dança – diz Lucas, tentando esconder o ciúme.

Aos olhos de todos, Mary e Igor fizeram uma dança sensual, diferente das eróticas de até então, mas que causava aos presentes uma sensação nova, por ser envolvente, com um toque de simplicidade e de erotismo que encantava a todos, mesmos aos invejosos ali presentes. Era uma dança que liberava sentimentos doces, puros e cheios de desejo, não de forma vulgar, mas cativante. Em meio à dança, Igor tentou beijá-la, devido à libido alterada, mas ela se afastou e continuou dançando. Ele tentou novamente. Ela se afastou. Seus corpos bailavam, insinuando as preliminares do sexo.

O que mais chamava a atenção de todos, era que não havia contato entre os dois, os corpos não se tocavam, apenas insinuavam o contato. Mary olhou para Lucas e, em forma de vingança, finalizou a dança com um ardente beijo, que Igor nem acreditou estar acontecendo.

Os aplausos foram inevitáveis, demonstrando assim que os convidados haviam apreciado a demonstração de Mary e de Igor. Lucas foi o único que não manifestou tal reação, pois o sentimento que experimentava no momento mexia com sua sólida estrutura emocional, despertando naquele momento uma ira galopante endereçada ao primo que, inocentemente, aproximou-se, feliz e sorridente.

Igor ficara fascinado com a dança, com o beijo e, especialmente, com a bela Mary. Pelo resto da noite, lançou-lhe olhares carinhosos, enquanto que Lucas lhe dirigia olhos de repreensão. Isso durou até que o último convidado deixasse o castelo. As mãos de Mary foram beijadas por Igor ao se despedir. Através dos olhos dela, sentiu que o gesto não fora ousado, e que a doçura dela crescia a cada instante. Luisa e Christine também se despediram. Ao beijá-la, comentaram que haviam gostado da dança. Como Lucas não estava por perto, Mary sentiu-se na obrigação de levá-los até a porta.

- Este meu primo envergonha nossa família – disse Igor rindo.

- Acho que levou uma das convidadas para os seus aposentos – comentou Luísa, em tom de malícia.

- Acho bem provável que tenha levado companhia feminina, pois sua fama de conquistador é conhecida em toda parte – afirmou Christine, observando a reação de Mary.

- Quanto a mim, fui premiado, permanecendo mais tempo perto de ti! – exclamou Igor, olhando docemente para Mary.

- Vamos embora, Igor, o cocheiro está à nossa espera, e Mary deve estar cansada – disse Emili.

Cumprimentaram-se novamente, e foram embora. Por um instante, Mary ficou admirando o nascer do sol, que pintava uma tela divina atrás das altas montanhas. O mordomo aproximou-se, dizendo:

- A senhorita está precisando de algo?

Com um olhar triste, ela respondeu:

- Não, ou melhor, estou precisando de paz.

- Posso fechar a porta? – ele continuou.

- Sim.

Ela deu as costas ao mordomo e subiu as escadas, pensando: Será mesmo que ele está com uma das convidadas em seu quarto? Tomara mesmo que esteja, assim esquecerá de mim por hoje, e poderei dormir descansada.

Todavia, ao abrir a porta do quarto, deparou-se com Lucas. Ela mal havia entrado e ele lhe ordenou:

- Aproxime-se!

O medo a fez obedecer.

- O que pretendes fazer?

- Aproxima-te mais e tira o vestido, porque quero ver todo o teu corpo.

Mary, a fim de tentar se acalmar, deu um longo suspiro, abaixou os olhos e aproximou-se. Deslizou a primeira alça do vestido sobre o ombro, depois a outra... Abriu o zíper das costas e deixou o vestido deslizar pelo seu corpo, caindo a seus pés. Foi como se o tecido acariciasse seu corpo. Respirou fundo, abriu os olhos e, com firmeza, procurou demonstrar segurança fitando-o com frieza. Mas isto não o enganou. Sem que ela se desse conta, ele conseguia ver a virgem cheia de medo à sua frente.

A forma com que Mary se despiu deixou-o maravilhado, provando mais uma vez que ela era diferente de todas as mulheres que havia tido até então. Sentiu seu corpo clamando pelo corpo dela, mas seu coração, não. Na batalha travada entre as duas emoções, ele perdeu para o coração. Voltando-se rapidamente, saiu do quarto, deixando-a sem entender nada.

- Volta! Não é isto o que queres? – gritou Mary, desnorteada.

Ele fingiu não escutá-la, e não olhou para trás. Mary ficou irritada, ao mesmo tempo em que agradecia aos céus por escapar mais uma vez dos braços de Lucas. Contudo, o sono parecia não querer visitar seus olhos. Quando resolveu chegar, parecia não querer mais abandonar seu corpo.

Dormiu até o anoitecer. Levantou-se ainda exausta da noite anterior. Depois de vestir-se, saiu do quarto e começou a caminhar pelo castelo, até encontrar a criada, que lavava as taças de cristais.

- O que a senhorita está procurando?

- A senhora sabe onde posso encontrar livros?

- Sim, na biblioteca.

- Como chego lá?

- A senhorita não está com fome? Posso preparar algo para comer...

- A fome que estou sentindo só será saciada diante dos livros.

- A senhorita espera um pouco que já a levarei.

Depois de alguns minutos:

- Pronto, agora posso te levar à biblioteca – disse diz a criada, secando as mãos.

Mary entendeu a razão de ter que esperar pela criada quando se deu conta de como era longo o trajeto até a biblioteca. Passaram por diversas salas, corredores e escadas.

- A senhora não se perde neste castelo?

- No começo era difícil identificar onde estava localizado cada cômodo do castelo, mas agora é fácil.

Surpresa, Mary continuou:

- Faz tempo que a senhora trabalha aqui?

- Muito tempo – disse a criada, parecendo lembrar o passado.

- Chegamos, senhorita!

A porta estava trancada. A criada tirou um molho de chaves que estava em seu guarda-pó, e pediu a ajuda de Mary para que abrissem juntas a porta. O ar do ambiente foi renovado quando ela se abriu. Mary ficou maravilhada diante da majestosa biblioteca, cujas paredes estavam cobertas de livros até o teto, como um arranha-céu.

- Eu posso ficar aqui? Não vou te causar problemas? – perguntou Mary, encantada com o lugar.

- Fique até eu trazer um lanche para a senhorita, depois verificarei se não tem nenhum problema em ficar aqui – respondeu a criada, preocupada.

- A senhora parece preocupada. O que a preocupa?

- É que ninguém entra na biblioteca há muito tempo – disse a criada, saindo.

Mary não resistiu e começou a tocar um por um dos livros que estavam à sua mão, como se estivesse se apresentando a eles. Sua atenção foi cortada quando viu uma escada de madeira que, com toda certeza, servia para alcançar os exemplares que moravam no alto das estantes. Impulsivamente, começou a escalar os largos degraus. A meio caminho, sentiu uma tontura que a fez descer. Respirou fundo, sentou-se à escrivaninha e, de cabeça baixa, escutou passos vindo em direção à biblioteca.

- Vim trazer o seu lanche, senhorita, e avisar que a luz acaba de habitar novamente o castelo!

- Como assim, “a luz acaba de habitar novamente o castelo”?

- Há mais ou menos um mês, em uma noite de tempestade, um raio estourou o gerador de energia do castelo, mas agora o problema foi solucionado. Mas... O que houve? A senhorita parece não estar bem. Deve ser fome, eu a avisei...

- A senhora tinha razão, acho que devo me alimentar.

A criada afastou os livros que estavam sobre a mesa e serviu o lanche a Mary, acendendo as luzes da sala antes de sair. Só então ela pôde observar o ambiente. A escrivaninha ficava no centro da sala, rodeada de livros. Nas estantes, os livros estavam organizados por cor, e a cor preta era a que predominava.

Ela passou as primeiras horas lendo. O assunto era magia, hipnose, fórmulas, rituais... Deduziu então que, conforme a cor, era o tema a ser explorado. Esses temas não lhe despertaram o interesse. Muito pelo contrário, causavam-lhe arrepios. Optou pelos de capa azul-escuro, sobre a história de uma família de sangue azul. Era uma história interessante, mas a cor dourada da capa de um livro sobre a mesa fez com que ela abandonasse a leitura.

Aquele volume parecia ter vida própria, pois era como se estivesse chamando por ela. Mary ficou parada frente a ele por um bom tempo, admirando sua beleza, até o momento em que lhe pareceu escutar uma voz pedindo para que o abrisse. Sentiu como se um ímã estivesse conduzindo suas mãos. Deslizou levemente os dedos no brasão em alto relevo. Um arrepio passou pelo seu corpo, não de medo, mas uma sensação como se fosse de sedução. Logo na primeira folha leu a seguinte dedicatória:

“A ti, meu amado filho. Que este diário sirva para registrares as tuas fraquezas”.

Tua mãe, a rainha.”

Nesse instante, escutou passos. Pensou ser a criada, mas assustou-se ao ver Lucas fechando a porta. Mais do que depressa, fechou o livro e levantou-se, com medo de que ele brigasse. Mas se tranqüilizou quando ele disse:

- A criada me disse que estavas aqui. Poderás vir sempre que desejares, apenas não quero que leia os livros que ficarem em cima da mesa, como esse, por exemplo – disse, apontando para o seu diário.

Ela tentou mudar de assunto, tamanho era seu medo no momento, e perguntou:

- Haverá festa nesta semana?

- Não. Suspendi as festas, a princípio por três meses – respondeu, recolhendo os livros que estavam sobre a escrivaninha.

-Permaneça aqui, se assim for da tua vontade.

Ele saiu, e Mary ficou lendo até o amanhecer. Aos poucos, quando o sono insistia em visitar seus olhos, foi se debruçando sobre a escrivaninha, até seu rosto tocar os livros e ela se render ao cansaço.

Ao amanhecer, bem cedo, Lucas retornou à biblioteca. Vendo-a assim, adormecida sobre os livros, tentou despertá-la. Logo, contudo, percebeu que seria em vão, pois o sono era profundo. Então tomou-a em seu colo e a conduziu até o quarto. Não sentia o seu peso. Tê-la em seus braços sem recusa, apesar de saber que estava adormecida, foi algo que lhe agradou. Sentiu paz em sua alma, como se ela fosse a portadora daquela paz que ele tanto almejava.

Durante o trajeto, não apressou o passo. Ao contrário, caminhava lentamente, parando a cada degrau para admirar os belos traços do rosto de Mary, e sentir a cada respiração o aroma do seu hálito, saindo dentre seus lábios. Houve uma transformação visível em sua face. Ele nem viu a criada em um dos corredores, pois tudo e todos ficaram em segundo plano enquanto ele estava assim, junto dela.

No quarto, colocou-a na cama com cuidado, para não acordá-la, e ficou pensando no que estaria ela sonhando naquele momento. Resolveu então entrar em seus sonhos. Concentrou-se, e viu que ela sonhava estar em uma de suas festas; sentiu o medo que ela passou ao entrar entre os convidados, e o frio congelando seu corpo. Conseguiu também sentir a gratidão dela quando ele lhe cobriu o corpo com sua capa.

- Senhor, Igor está na sala de visitas à sua espera – diz a criada, interrompendo.

- Igor aqui? Não combinei nada com ele.

- Deve ser por causa de Mary, senhor.

- Por que afirmas isso?

- Porque ele traz flores.

Nesse momento, seu semblante se alterou, e a criada, não entendendo a razão disto, pensou ser ela a causadora de toda a ira visível em seu rosto.

- Já vou descer.

Ele permaneceu por mais alguns instantes no quarto, tentando se acalmar. Ao descer, encontrou Igor. Ao ver o primo diante dele, radiante e com um contagiante sorriso, tentou se acalmar. Mas logo às suas primeiras palavras, sentiu acender-se a chama do ciúme, aliada a uma descontrolada ira.

- Boa noite, Lucas! Onde está a tua bela hóspede? – indagou Igor, sorridente.

- Dormindo – respondeu Lucas, num tom seco e direto.

- O que anda fazendo com ela, para deixá-la cansada a uma hora dessas? – insinuou Igor com um sorriso malicioso.

- Não quero tocar nesse assunto.

- Mas eu preciso, porque estou interessado nela.

- Como assim, “interessado nela”? Que tipo de interesse? Por que o interesse?

- Calma, primo! Percebo que não sou o único interessado. Vejo que tu também estás.

Mais do que depressa, Lucas tentou disfarçar, dizendo:

- Claro que não estou. Ela será apenas mais uma que terei em meus braços, como tantas outras.

- Isto quer dizer que não a teve ainda? E por que está me tratando assim, com esse ar de indiferença? Atrevo-me até a dizer que estás com ciúmes! Agora entendi a razão de teres cancelado as festas por três meses. Em todos esses anos, nunca ficaste sem oferecer aos teus amigos pelo menos duas grandes festas durante o mês.

- Não é nada disso. O meu aniversário se aproxima, e eu estou preocupado com alguns problemas de ordem diplomática.

- Ah, que alívio! – suspirou Igor – Então quer dizer que posso cortejá-la?

- Claro que pode! – Lucas pronunciou a curta frase sem o consentimento do seu coração, mas era necessário, para não demonstrar seus reais sentimentos em relação a Mary.

- Sendo assim, quando ela acordar, faça o favor de entregar-lhe essas rosas.

Igor saiu, deixando as rosas nas mãos de Lucas, e o brutal consentimento que o fez sentir tempestades em seu coração em plena noite de luar. Permaneceu paralisado, sem saber o que fazer, olhando fixamente as rosas, enquanto tentava coordenar seus pensamentos, tentando achar uma saída. Os segundos pareciam horas de agonia, até o instante em que teve a idéia de refugiarem-se no castelo da montanha. Saiu à procura da criada, dando-lhe as seguintes ordens:

- Arruma as nossas malas, pois logo ao amanhecer iremos para o outro castelo.

- Roupas para quantos dias?

- Ainda não decidi, mas avisa Mary que ela irá conosco e que teremos que acordar muito cedo.

- Quem irá?

- Mary e eu. Tu vais vir conosco.

Naquela noite, Lucas não conseguiu dormir. Passou a noite inteira escrevendo em seu diário. Mesmo assim, os ponteiros do relógio pareciam andar para trás. Somente respirou aliviado quando o dia anunciou, através dos primeiros raios de sol, que era hora de partir. Levantou-se e dirigiu-se ao cocheiro, pedindo-lhe que trouxesse a carruagem para a frente do castelo.

Mary, sem saber a razão da viagem, estava contente, pois sentia certa esperança pairando no ar, uma esperança incompreendida, porém real.

- Para onde vamos? – perguntou ela, curiosa.

- Vamos passar uns dias em outro castelo – respondeu Lucas.

Estas foram as últimas palavras pronunciadas durante toda a viagem, até o anoitecer, quando Mary informou que estava cansada e com fome.

- Chegaremos logo, senhorita! Encoste sua cabeça em meu colo – disse a criada, olhando para ele como se pedindo aprovação.

Sem pensar duas vezes, ela colocou a cabeça no colo da criada, esticou os pés em direção à janela, e logo adormeceu.

A criada observou o rosto de seu senhor e, pela primeira vez, viu nele certa doçura, ao olhar Mary dormindo...



* Imagem- Recebendo um presente no dia o lançamento do livro. Data também do meu aniversário!