Presente do TUBA -

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" Não é a força ,mas a constância dos bons sentimentos que conduz o homem à felicidade".Nietzsche

" Não é a força ,mas a constância dos bons sentimentos que conduz o homem à felicidade".Nietzsche

sábado, 3 de novembro de 2007

Castelo dos Desejos.

Ele tem poderes para hipnotizar, fazer o que quiser com ela. Por esse motivo ela continua nua sentada num confortável sofá estilo romano forrado com veludo da cor carmim, completamente imóvel. Cabelos soltos, usando apenas um colar de pérolas brancas que descem até seus seios, dando um toque singular ao seu pescoço. A visão da bela jovem ilumina o ambiente sombrio. Pessoas seminuas compõem o cenário em sua volta. Paralisada, continua com o olhar fixo no homem alto e sedutor, que a deixa em clima de contemplação, mas, imóvel e encolhida de medo. Ele, por sua vez, atento a tudo, não desvia o olhar da jovem e, com o passar dos segundos, sente o desejo aumentar dentro de si. Uma vontade imensa de tocá-la. Sem hesitar, se aproxima. E de joelhos, segurando-a com firmeza e por alguns minutos, suga-lhe delicadamente seus seios, sem lhe causar dor.A virgem que a princípio se encontrava assustada ficou surpresa de estar gostando daquela situação. Ele beijou e alisou com as mãos aqueles seios jovens e macios, até sentir-se satisfeito. Os minutos pareceram horas de pura sedução para ambos. Então ele olha para a boca entreaberta dela e, fitando-a nos olhos, vai aos poucos se afastando. Uma incompreensível sensação de insegurança toma conta do seu ser e, do meio da sala, à meia luz, surge uma mulher completamente nua que o abraça com força, colando seu corpo ao dele. Diante de seus olhos, a dança do sexo começa. Mordidas e gemidos multiplicam-se a cada segundo. Paralisada em tudo, ela observa sem poder sair do lugar. Então, o sexo é consumado e o constrangimento é visível na face da bela jovem. Só que era exatamente esse sentimento que ele queria despertar nela. Sente-se de certa forma realizado e, como se nada tivesse acontecido, apenas com um olhar, dispensa a parceira, veste suas roupas, deixando propositadamente a camisa aberta, mostrando seu peito másculo e belo aos olhos de quem desejasse olhar. Como se nada tivesse acontecido, aproxima-se, estende as mãos de encontro às dela e a conduz até as escadas em direção ao quarto. Antes mesmo de dar o primeiro passo em direção às escadas, ela tenta fugir. Todavia, seus pés parecem ter vida própria e vão aos poucos subindo, degrau por degrau, num ritmo contínuo. Assim como seus pés, seus olhos enxergavam, mas não viam nada além dos olhos dele que, como um ímã, os atraía. Ele a deixava cada vez mais constrangida, pois ela sabia o que ele tinha em mente. Por este motivo, subiu as escadas com o coração palpitando e com uma imensa vontade de chorar, até o momento que chegam diante da porta de madeira espessa e escura que por um encanto se abre quando ambos se aproximam. Através dos olhos dele, consegue compreender todas as palavras não ditas, porém claras naquele instante. Ela entra, amedrontada. Ele em clima de pura sedução. Ele desvia o olhar; ela sai do transe e começa a observar a imponência e a beleza do quarto que a faz observar atenta cada detalhe ali presente. Paredes escuras, muitas flores vermelhas de um agradável aroma primaveril. Sobre a cama, havia um vestido de veludo longo e justo da cor do desejo. Ela o admira por alguns segundos e nem nota quando ele a deixa sozinha. Quando percebe sua ausência, sente-se de certa forma tranqüila. Respira aliviada, mesmo não sabendo como havia chegado naquele castelo. O silêncio é quebrado quando começa a escutar os sons que vêem do banheiro e, conduzida pelo barulho das águas, mesmo com receio, caminha devagar em direção à banheira que recebe a água quente da torneira dourada. Não resiste e com todo cuidado adentra, sentindo o frio que habitava seu corpo saindo juntamente com o medo que sentia até aquele momento. A água que massageia seu corpo e recompõem suas energias a faz sentir o aroma agradável e só então percebe a luz das velas iluminando o ambiente. Assim permanece nesse clima de contemplação até o momento em que aparece uma criada, vestida de preto, que a faz sair do banho, dizendo que está atrasada. Assustada pensa: - Atrasada para quê? A mulher a faz sair da água, e com uma toalha branca começa a secar o corpo da jovem e a conduz à cama, ajudando-a a vestir o belo vestido que parece ter sido confeccionado sob medida para seu corpo, deixando seus seios sensualmente à mostra. A criada ajeita-lhe os longos cabelos cacheados para cima, deixando apenas um cacho solto na altura dos ombros, mas antes de sair, pede para que coloque o colar e os brincos que estão em cima da cama e, então, descer até o salão de festas. Meio sem vontade, vai em direção à cama e encontra um colar de brilhantes que adorna um imenso rubi em forma de coração. Coloca-o e parada em frente ao único espelho existente no quarto, admira aquela peça majestosa, possuidora de uma beleza jamais vista. Arrumada conforme lhe foi pedido, dirige-se à porta, mas hesita ao abri-la. Necessita saber por que está naquele lugar. Toma coragem e sai do quarto. A maciez do tapete que lhe cobre os pés é cortada quando pisa a pedra fria. Sente também o frio que vem das paredes do imenso castelo e, conduzida pelo volume alto da música, desce os degraus da escada em direção ao salão de festas...

Eis o começo do meu livro, Castelo dos Desejos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito interesante seu post!! parabens ,q Deus lhe abençoe.
Abs!
Faculdade Teológica